Pró-Macri vencerá na capital, mas província de Buenos Aires elegerá opositor
Buenos Aires, 27 out (EFE).- A frente Juntos pela Mudança, a mesma do presidente do país, Mauricio Macri, manterá no pleito deste domingo o comando da prefeitura da capital da Argentina, Buenos Aires, mas perderá o da província homônima, maior distrito eleitoral do país, onde levará a melhor a coalizão peronista Frente de Todos por ampla margem, segundo a apuração extraoficial.
Contabilizadas 87,4% das mesas de votação, o chefe do governo (cargo equivalente ao de prefeito) da capital, Horacio Rodríguez Larreta, que concorre à reeleição, obtinha o 55,5%, muito à frente de Matías Lammens, presidente do clube de futebol San Lorenzo e candidato pela Frente de Todos, que tinha 35,4%.
"Obrigado por este carinho. Hoje fizemos história na cidade de Buenos Aires. Hoje fizemos uma eleição histórica", afirmou Rodríguez Larreta, que sucedeu o próprio Macri à frente da capital em dezembro de 2015.
No quartel-general do Juntos pela Mudança em Buenos Aires, o governante agradeceu ao atual presidente e à governadora da província de mesmo nome que o da cidade, María Eugenia Vidal.
"Deixaram sua marca, com seu esforço e trabalho, na transformação histórica da cidade", afirmou.
No entanto, a coalizão de Macri sofreu uma derrota na província de Buenos Aires, segundo a apuração preliminar. Vidal, que tentava a reeleição, perdeu para o candidato da Frente de Todos, Axel Kicillof, aliado de Alberto Fernández, que deve ser sacramentado como novo presidente do país.
Contabilizadas 67,57% das mesas, Kicillof, ministro da Economia da Argentina no governo de Cristina Kirchner - agora vice na chapa de Fernández -, obtinha 51,90%, contra 38,80% de Vidal.
A província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, é um tradicional reduto do peronismo, mas no final de 2015 havia passado para o comando da aliada de Macri. EFE
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