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Macron pede que China e EUA entrem em acordo para acabar com guerra comercial

05/11/2019 08h58

Xangai (China), 5 nov (EFE).- O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira ao presidente da China, Xi Jinping, esperar que em breve haja um acordo que encerre a guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos.

"Esperamos que um acordo possa chegar em breve para aliviar as tensões", disse Macron, durante cerimônia de abertura da China International Import Expo (CIIE), que está sendo realizada hoje em Xangai.

Tensões que afetaram, segundo o mandatário francês, tanto a economia da União Europeia como a do resto do mundo.

"O mundo inteiro foi prejudicado", pois "ninguém vence em uma guerra comercial", afirmou o presidente, em um discurso onde fez fortes críticas ao protecionismo e defendeu uma maior conexão econômica entre os países "respeitando as particularidades de cada um".

Além disso, acrescentou, a colaboração em outras áreas, como o meio ambiente, é importante, pois o trabalho comum da Europa e da China para reduzir as emissões será "decisivo", no momento em que os Estados Unidos planejam se retirar do Acordo de Paris.

"Se quisermos cumprir o Acordo de Paris, no próximo ano teremos que melhorar nossos compromissos para reduzir as emissões e devemos confirmar novos compromissos até 2030 e 2050", disse.

Seu discurso seguiu ao de Xi Jinping, que foi o primeiro a se dirigir ao público, composto principalmente por políticos e empresários. O presidente chinês não fez nenhuma referência direta à guerra com os EUA, embora também tenha destacado a importância de um mundo com cada vez menos barreiras comerciais.

Nesse sentido, Macron parabenizou a China por sua visão de se abrir ao mundo com eventos como este, no qual participam 3 mil empresas de 150 países.

"Hoje, a China precisa se abrir para o mundo e o resto do mundo precisa estar aberto para a China", disse Macron, em sua segunda viagem oficial ao país.

A economia e comércio, cultura e a luta contra as mudanças climáticas são os três eixos prioritários desta viagem de Macron que continuará hoje com a inauguração da filial do Centro Pompidou em Xangai. EFE