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Presidente do governo espera grande presença nas eleições na Espanha

10/11/2019 11h40

Madri, 10 nov (EFE).- O presidente do governo da Espanha e candidato à reeleição, o socialista Pedro Sánchez, disse esperar uma grande participação popular na eleição geral deste domingo, a segunda em 2019 e a quarta nos últimos quatro anos no país.

Sánchez foi o primeiro dos líderes dos maiores partidos espanhóis a exercer o direito ao voto, de manhã, apenas meia hora após a abertura das urnas.

"O voto de hoje definirá a Espanha de amanhã", declarou o político a jornalistas, ao lado da esposa, após votar.

Pablo Casado, candidato da maior legenda de oposição, o conservador Partido Popular (PP), pediu "uma votação massiva" e manifestou o desejo de que haja um "resultado claro" pela estabilidade que a Espanha precisa e que permita desbloquear uma situação política que, segundo ele, "está afetando a economia".

O aumento da abstenção é uma das grandes incógnitas destas eleições, em meio a um descontentamento popular com a indefinição do cenário político do país - não há maioria parlamentar que permita a formação de um governo, que atualmente é interino. Na última eleição, em abril, 71,76% dos eleitores votaram.

"Sou consciente de que são quatro eleições gerais em quatro anos, são três eleições em apenas oito meses, mas é muito importante que hoje se vote massivamente, já que esta é a ferramenta que temos, ainda mais quando muitos interpretaram esse pleito como um segundo turno do que aconteceu em abril", declarou Casado após votar.

Por sua vez, Pablo Iglesias, líder da coalizão de esquerda Unidas Podemos, também desejou uma participação "alta" e ressaltou que hoje é um dia em que "qualquer cidadão tem o mesmo poder que um multimilionário".

No total, 37 milhões de espanhóis estão aptos para ir às urnas, o maior número de eleitores já registrado na história do país. Serão eleitos neste domingo os 350 membros do Congresso dos Deputados e 208 dos 265 integrantes do Senado, já que o restante (57) será definido pelos parlamentos regionais. EFE