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Casa de Evo Morales em Cochabamba é depredada

Imóvel teve vidros e decorações quebrados, além de móveis, quadros e roupas deixados fora do lugar - Aizar Raldes/AFP
Imóvel teve vidros e decorações quebrados, além de móveis, quadros e roupas deixados fora do lugar Imagem: Aizar Raldes/AFP

11/11/2019 20h35

La Paz, 11 nov (EFE) - A casa de Evo Morales na cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia, foi depredada por indivíduos não identificados horas após o político renunciar à presidência do país no domingo passado.

O imóvel teve vidros e decorações quebrados, além de móveis, quadros e roupas deixados fora do lugar. Também foram escritas mensagens contra Morales - chamado de "assassino" - nas paredes do lado de dentro e também de fora. As portas permanecem fechadas.

Cochabamba foi uma das cidades mais afetadas pelos episódios de violência em meio à crise gerada há mais de três semanas. Na mesma região fica o Chapare, uma zona cocalera onde onde pode estar Morales. Foi nessa província que o agora ex-presidente começou a trajetória sindical antes de chegar ao poder, em 2006.

Evo Morales anunciou a renúncia no domingo passado, após 14 anos como presidente. Antes de deixar o cargo, ele aceitou a realização de novas eleições após a Organização dos Estados Americanos (OEA) relatar "graves irregularidades" no pleito de 20 de outubro, no qual havia sido reeleito para o quarto mandato consecutivo.

Ao longo do domingo, os líderes da oposição, a polícia e os militares pediram publicamente a renúncia de Morales, em meio à crescente tensão no país.

No entanto, o anúncio de Morales não representou o fim da crise que se instaurou desde o dia posterior às eleições, quando começaram as suspeitas de fraude. Pelo contrário.

Horas depois da renúncia, as cidades de El Alto e La Paz registraram distúrbios como incêndios, apedrejamento de propriedades privadas e saques em estabelecimentos comerciais.