Topo

Brics pede o fim do protecionismo e apoia reforma da OMC

12/11/2019 11h46

Brasília, 12 nov (EFE).- Os ministros do Comércio do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) reiteraram sua defesa do multilateralismo, pediram o fim do protecionismo e reforçaram seu apoio à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), em um documento divulgado nesta terça-feira em Brasília.

"Concordamos que a liberalização do comércio é um elemento essencial para liberar o potencial de crescimento e desenvolvimento econômico sustentado", diz o documento, divulgado às vésperas da 11ª cúpula do fórum, que reunirá em Brasília os líderes das maiores economias emergentes do mundo.

O comunicado também reitera o compromisso dos cinco países com "um comércio internacional transparente, não discriminatório, aberto, livre e inclusivo" e "apoio total a um sistema comercial multilateral", que tem a OMC "em sua essência".

O documento considera "essencial que todos os membros da OMC evitem medidas unilaterais e protecionistas, contrárias ao espírito e às regras desse órgão".

O Brics também reconhece a importância e necessidade de uma reforma da OMC para garantir sua efetividade de permitir enfrentar "os desafios atuais e futuros", em um cenário global de "incerteza e perda de impulso da economia mundial".

Essa reforma, diz o documento, deve "preservar a centralidade, os valores centrais e os princípios fundamentais da OMC" e levar em conta "os interesses de todos os seus membros, incluindo os países em desenvolvimento e os menos desenvolvidos", afirma o comunicado.

Além disso, o documento também reflete o interesse dos cinco países em continuar trabalhando na cooperação dentro do Brics, e em particular na área de comércio eletrônico, na promoção de investimentos mútuos, em políticas de propriedade intelectual e na integração de cadeias de valor, entre outros aspectos.

As conclusões dos ministros do Comércio foram divulgadas na véspera da cúpula anual do Brics, que acontecerá em Brasília, com a presença dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin; China, Xi Jinping; e África do Sul, Cyril Ramaphosa; assim como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, com o presidente Jair Bolsonaro, como anfitrião. EFE