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ONU evita classificar como "golpe" a queda de Evo Morales na Bolívia

O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, recebe o ex-presidente boliviano Evo Morales e o ex-vice-presidente boliviano Álvaro Garcia após sua chegada à Cidade do México - Edgard Garrido/Reuters
O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, recebe o ex-presidente boliviano Evo Morales e o ex-vice-presidente boliviano Álvaro Garcia após sua chegada à Cidade do México Imagem: Edgard Garrido/Reuters

12/11/2019 17h09

A ONU evitou classificar hoje como "golpe de Estado" a saída de Evo Morales da presidência da Bolívia, e apontou que existe preocupação profunda pela situação que o país atravessa neste momento.

"Não é uma situação que cabe a nós definir", afirmou Farhan Haq, um porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em entrevista coletiva.

Para Haq, as circunstâncias na Bolívia são "fluídas", mas garantiu que a ONU está fazendo esforços para que a crise política não piore ainda mais.

"Estamos mantendo contato com interlocutores nacionais e internacionais para ajudar a acalmar a situação", disse o porta-voz.

"O mais importante agora é prevenir um agravamento e fazer todas as medidas para criar condições para eleições pacíficas, críveis, transparentes e inclusivas antes do possível", completou.

As declarações da ONU são divulgadas pouco depois da chegada de Morales ao México nesta terça-feira. O agora ex-presidente, ao renunciar do cargo, no domingo, denunciou ter sofrido um golpe de Estado.

No domingo, Morales havia anunciado a repetição das eleições presidenciais depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou inúmeras irregularidades no pleito de 20 de outubro.