Topo

Trump recebe Erdogan em meio a polêmica envolvendo Síria e Rússia

13/11/2019 15h28

Washington, 13 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta quarta-feira o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em meio à polêmica por conta da ofensiva turca em áreas controladas pelos curdos na Síria.

Erdogan chegou à Casa Branca acompanhado pela esposa, Emine, por volta das 12h (horário local, 14h de Brasília), e foi ao Salão Oval para uma primeira reunião com Trump e a primeira-dama americana, Melania.

Mesmo com a capital americana com as atenções voltadas para a primeira audiência pública na Câmara dos Representantes que pode levar a um julgamento político de Trump, a reunião presidencial na Casa Branca chamou a atenção de muitos legisladores.

"Compartilho do desconforto de meus colegas em ver o presidente Erdogan ser homenageado na Casa Branca", disse o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, em um discurso antes da reunião entre os dois mandatários.

O encontro aconteceu pouco mais de um mês da polêmica decisão de Trump de retirar as tropas americanas do norte da Síria, depois de falar ao telefone com Erdogan e este lhe dizer que planejava uma ofensiva contra as milícias curdas da região.

Os EUA chegaram a impor sanções a três ministros turcos em retaliação à ofensiva contra as milícias que foram aliadas de Washington na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), mas retiraram assim que um cessar-fogo permanente foi acordado na região.

A Casa Branca parece ter encerrado esse capítulo, além de insistir que a segurança das minorias étnicas e religiosas no norte da Síria seja garantida, mas há outro tema que ainda atrapalha a relação bilateral.

Trata-se da compra, por parte da Turquia, de um sistema de mísseis S-400 russo, uma medida que coloca em dúvida o compromisso com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Por conta disso, o Congresso americano pretende impor sanções a Ancara.

Até agora, Trump vem resistindo à imposição destas sanções, mas fontes da Casa Branca reconheceram ontem que o "problema S-400 deve ser resolvido como aliados" e que esta questão seria um peso importante nas negociações com Erdogan. EFE