Morales condena repressão e pede que Forças Armadas "parem o massacre"
Cidade do México, 15 nov (EFE).- O ex-presidente da Bolívia Evo Morales condenou nesta sexta-feira a repressão a grupos cocaleros perto de Cochabamba, ação que deixou cinco mortos, e pediu para que as Forças Armadas e a polícia "parem o massacre".
"Condeno e denuncio ao mundo que o regime golpista que tomou o poder por assalto em minha querida Bolívia reprime com balas das Forças Armadas e da polícia o povo que pede pacificação e a reposição do estado de direito", escreveu no Twitter.
Pelo menos cinco pessoas - possivelmente manifestantes de grupos cocaleros - morreram durante distúrbios perto da cidade de Cochabamba, onde houve graves choques com as forças da ordem.
O representante da Defensoria do Povo da Bolívia em Cochabamba, Nelson Cox, relatou à Agência Efe que, "penosamente, há cinco (mortos) na cidade de Sacaba".
Morales pediu às Forças Armadas e à polícia que "parem o massacre" porque "o uniforme das instituições da pátria não pode ser manchado com o sangue do povo".
"Agora, assassinam nossos irmãos em Sacaba, Cochabamba", denunciou Morales, que está no México, após renunciar à presidência da Bolívia e aceitar o asilo oferecido pelo governo do país.
O ex-presidente ainda classificou como "ditadura" o governo da presidente interina Jeanine Áñez, citando também os opositores Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho.
"Para justificar o golpe, Mesa e Camacho nos acusaram de 'ditadura'. Agoram sua 'presidenta' autoproclamada e seu gabinete de advogados defensores de violadores e repressores, massacra o povo com as Forças Armadas e a polícia como a verdadeira ditadura", comentou. EFE
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