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Polícia de Hong Kong ameaça usar munição real contra manifestantes

17/11/2019 15h48

Hong Kong, 17 nov (EFE).- A polícia de Hong Kong alertou neste domingo que poderá usar munição real contra os manifestantes que estão entrincheirados no campus da Universidade Politécnica, caso não seja cessado o lançamento de coquetéis molotov e outros artefatos contra os integrantes das forças de segurança.

"Se não pararem de atacar a polícia com armas letais, os policiais não terão mais remédio do que usar a força mínima, incluindo munição real como resposta", indicou a corporação, em vídeo publicado no Facebook.

Veículos blindados da polícia local cercaram nesta noite os manifestantes nos arredores da universidade. Durante todo o dia, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e canhões de água para tentar dispersar os ativistas, em que foi jogada tinta azul, para que fossem identificados.

A corporação admitiu a prisão de muitas pessoas no local, mas não divulgou um número específico de detidos.

Em outro momento, a polícia admitiu que foi utilizada munição real contra um carro, em que o motorista partiu para cima de um grupo de policiais. O condutor, de acordo com as autoridades, fugiu do local.

De acordo com a força de segurança local, os manifestantes estão cada vez "mais perto do terrorismo" e que construíram uma "fábrica de armamento" na universidade, onde os estudantes já foram flagrados produzindo coquetel molotov.

Os ativistas também lançaram flechas, bolas de metal e tijolos, entre outros artefatos. Um veículo blindado das forças de segurança chegou a ser atacado e incendiado.

Um policial foi ferido por uma flechada, em meio a uma batalha campal e foi encaminhado para um hospital.

Os protestos em Hong Kong começaram em junho deste ano, como resposta a um projeto de lei de extradição, que já foi retirado pelo governo. Com o tempo, as manifestações passaram a cobrar maior democracia no território autônomo e menor ingerência da China. EFE