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Trump faz alerta a chanceler russo para não interferir em eleições de 2020

10/12/2019 21h15

Washington, 10 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e fez a ele um alerta: exigiu que o Kremlin não interfira nas eleições americanas de 2020.

Lavrov esteve no Salão Oval da Casa Branca para uma reunião a portas fechadas com representantes do governo Trump e o próprio presidente para revisar o estado das relações entre os dois países.

"O presidente Trump fez um alerta contra qualquer intenção da Rússia de interferir nas eleições dos EUA e pediu a Rússia que resolva o conflito com a Ucrânia", disse a Casa Branca em comunicado.

As agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais de 2016 para favorecer a vitória de Trump. A tese foi corroborada pelo procurador especial Robert Mueller, que fez uma longa investigação sobre um possível conluio entre a campanha do agora presidente e o Kremlin.

No entanto, apesar do aviso de hoje, Trump adota uma postura bastante contraditória sobre o assunto, chegando a questionar as conclusões das agências americanas.

Em entrevista coletiva concedida em conjunto com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, Lavrov afirmou que os rumores sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições não tem fundamento.

"Ninguém nos mostrou nenhuma prova a respeito porque elas simplesmente não existem", disse o chanceler russo na entrevista, que ocorreu antes da reunião com Trump.

A visita de Lavrov a Washington é a primeira do ministro russo aos EUA desde 2017. Na ocasião, ele também foi recebido por Trump na Casa Branca.

O governo americano informou que Trump também expressou a Lavrov o apoio à criação de um sistema de controle de armas eficaz, que não só inclua a Rússia, mas também a China.

O ministro russo planejava levar a Trump a preocupação do governo da Rússia sobre a falta de resposta da Casa Branca de prorrogar o Start III, um acordo de redução de armas nucleares assinado entre os dois países. O pacto expira em 2021.

No entanto, a Casa Branca não esclareceu se o tema foi incluído na agenda do encontro. EFE