AI pede que Cazaquistão não deporte 2 presos para a China
Moscou, 12 dez (EFE).- A Anistia Internacional (AI) cobrou nesta quinta-feira que as autoridades do Cazaquistão não deportem para a China duas pessoas de etnia cazaque, que têm cidadania chinesa e que entraram ilegalmente na antiga república soviética, onde pediram asilo.
De acordo com a AI, no último dia 5, o chefe da Guarda Fronteiriça do Cazaquistão, Darjan Dilmanov, anunciou que os dois homens, identificados como Kaster Musajaluna e Muraguer Alimula, seriam deportados.
Os dois homens estão detidos desde o dia 6 de outubro deste ano, sob a acusação de terem cruzado ilegalmente a fronteira. Ambos chegaram a apresentar pedidos formais de asilo no país.
"Kaster Musajaluna denunciou que esteve recluso em um campo de reeducação, na região autônoma uigur de Xianjiang, onde era submetido a golpes", aponta a AI, em comunicado.
A organização humanitária afirma que a ONU e muitos países já condenaram a perseguição "sistemática" das minorias étnicas na China, inclusive detenções em massa e arbitrárias de uigures no país asiático, assim como representantes de outras minorias étnicas, como a cazaque.
"As autoridades do Cazaquistão devem deixar, imediatamente, em liberdade a Kaster Musajaluna e Muraguer Alimula, colocar fim à perseguição jurídica e dar proteção a eles, além de uma adequada assistência", conclui a Anistia Internacional. EFE
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