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Autoridades chilenas confirmam descoberta de corpos perto de onde sumiu avião

12/12/2019 08h05

Santiago, 12 dez (EFE).- O prefeito da região de Magallanes, no sul do Chile, José Fernández, de cuja capital, Punta Arenas, partiu o C-130 Hércules que desapareceu a caminho da Antártida com 38 pessoas a bordo, disse que corpos foram encontrados na área onde o contato com a aeronave foi perdido.

A descoberta ocorreu pouco depois que a Força Aérea do Chile (FACh) informou que restos de esponja pertencentes a partes do avião foram encontrados flutuando no mar naquele mesmo local, na Passagem de Drake, que separa a América do Sul do continente congelado e cujas águas são consideradas uma das mais turbulentas do planeta.

"Na tarde de hoje (quarta-feira), a Força Aérea nos informou de uma notícia que nos chocou, que foi a descoberta de corpos no mar de Drake e também parte da fuselagem que corresponde ao avião naufragado, que é o C-130 da FACh", disse Fernandez à Agência Efe.

Ele afirmou ter recebido as informações da FACh - que ainda não se pronunciou oficialmente sobre essa nova descoberta -, mas que informou aos familiares dos tripulantes, segundo a autoridade regional.

Fernández explicou que os corpos, que corresponderiam aos passageiros do avião desaparecido, foram encontrados pelo navio brasileiro Almirante Maximiano, que ajuda nas buscas.

O C-130 Hércules decolou na última segunda-feira, às 16h55 (hora local), da base militar de Chabunco, em Punta Arenas, e perdeu o contato quando faltavam cerca de uma hora e 500 quilômetros para pousar na base Presidente Eduardo Frei Montalva, uma das mais importantes da Antártica.

A bordo da aeronave estavam 38 pessoas: 32 soldados da FACh, três membros do Exército e três civis, dos quais dois são funcionários da empresa de engenharia Inproser e outro é estudante da Universidade de Magallanes.

Os familiares dos passageiros viajaram ontem para Punta Arenas onde acompanham de perto o trabalho de busca, no qual participaram 20 navios e aviões, incluindo tropas do Brasil, Argentina e Uruguai. EFE