Topo

Comandante da Força Aérea do Chile descarta haver sobreviventes em acidente

12/12/2019 14h01

Santiago (Chile), 12 dez (EFE).- O comandante em chefe da Força Aérea do Chile (FACh), Arturo Merino, afirmou nesta quinta-feira que está descartada a possibilidade das equipes de busca encontrarem sobreviventes do acidente de um avião da corporação, que ia rumo à Antártida e havia desaparecido três dias atrás, com 38 pessoas a bordo.

Ontem, foram localizados os primeiros destroços da aeronave, e Merino confirmou que também foram encontrados restos mortais, embora ainda seja necessário realizar exames para confirmar que se tratam dos ocupantes do Hércules C-130.

Entretanto, as condições em que os corpos foram encontrados no Mar de Drake, entre o Chile e a Antártida, cujas águas são consideradas algumas das mais turbulentas do planeta, levaram as autoridades a concluir que, nas palavras do comandante em chefe, "é praticamente impossível que haja sobreviventes deste acidente aéreo".

"Junto com as partes do avião que ainda estão sendo encontradas até agora foram encontrados restos mortais, que são muito provavelmente partes de corpos daqueles que viajam no acidente de avião C-130", acrescentou.

Nesse sentido, ressaltou que se ainda forem encontrados restos mortais ou partes do avião, as buscas serão mantidas, mesmo que o período regulamentado seja de seis dias - hoje, quinta-feira, é o quarto dia.

Os primeiros pedaços da aeronave foram encontrados nesta quarta-feira pelo navio Almirante Maximiano, da Marinha do Brasil, que ajuda nas buscas desde o primeiro momento. A partir desse momento, o rastreamento foi concentrado naquela área, onde o restante das evidências do acidente foi encontrado desde então.

A FACh informou que a área onde procuram atualmente tem 4 mil metros de profundidade e que já foram recuperados elementos do avião, como uma roda de trem de pouso, elementos do sistema de combustível e materiais.

"Foram organizados 23 veículos aéreos, incluindo aviões e helicópteros, 14 veículos navais e oito agências internacionais com capacidade de satélite, que finalmente permitiram a localização do avião", declarou o ministro da Defesa, Alberto Espina, que viajou nesta quinta-feira para a cidade sulista de Punta Arenas, cerca de 3 mil quilômetros ao sul de Santiago. EFE