Mensagens para frear ajuda a Ucrânia geram debate nos EUA
Washington, 22 dez (EFE).- Cerca de uma hora e meia depois do telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, em julho, um funcionário da Casa Branca pediu a detenção da ajuda militar ao país do leste europeu, segundo mensagens divulgadas neste domingo.
O funcionário, identificado como Michael Duffey e que é diretor-adjunto de Previdência Social, solicitou, com base em uma orientação que havia recebido e com a ideia do governo Trump, a pessoas de dentro do Pentágono para parar o auxílio.
"Dada a natureza sensível do pedido, agradeço que mantenham esta informação em segredo", disse Duffey em uma mensagem de 25 de julho para Elaine McCusker e outros, revelada pelo jornal "The Washington Post" e a emissora de televisão "CNN".
Os documentos, obtidos pelo Centro de Integridade Pública seguindo uma ordem do juiz, mostram, segundo a "CNN", que a ligação entre os governadores ocorreu entre as 9h03 e as 9h33 de 25 de julho e que uma mensagem do diretor-adjunto foi enviada às 11h04.
As mensagens vieram à tona depois que a oposição aprovou na última quarta-feira as acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso contra Trump, que é o terceiro presidente a enfrentar um processo de impeachment na história dos Estados Unidos.
O processo foi desencadeado por um vazamento de dentro da Casa Branca em setembro sobre um favor controverso que o chefe de governo americano pediu ao presidente ucraniano durante a conversa. Trump queria que fosse investigado um suposto caso de corrupção do ex-vice-presidente dos EUA e seu adversário político, Joe Biden, e do filho do democrata.
"Este e-mail de Michael Duffey, aproximadamente 90 minutos após a ligação do presidente Trump com o presidente da Ucrânia, é mais um motivo pelo qual precisamos que Duffey e outros testemunhem no julgamento do Senado", defendeu o senador democrata Chuck Schummer em sua conta no Twitter.
Em nome dos democratas, Schummer propôs que o processo de impeachment do Senado incluísse novas testemunhas, como o antigo Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca John Bolton e o chefe interino de gabinete de Trump, Mick Mulvaney, bem como Duffey e o chefe de gabinete da Casa Branca, Robert Blair.
O senador republicano Ron Johnson argumentou em entrevista à "ABC" e citou pela mídia local que o presidente estava preocupado se os dólares dos contribuintes deveriam ou não ser gastos em um país onde houve casos comprovados de corrupção.
Enquanto isso, a porta-voz do Office of Management and Budget (OMB), Rachel Semmel, declarou à "CNN" que é irresponsável ligar a retenção de fundos ao telefonema, observando que a decisão foi anunciada em uma reunião no dia 18 de julho. "Tirar uma linha de um e-mail e não abordar o contexto é enganador e impreciso", argumentou. EFE
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