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Ataque em Burkina Fasso deixa 42 mortos; Exército reage e mata 80 terroristas

24/12/2019 15h36

Ouagadougou, 24 dez (EFE).- Um ataque terrorista contra um destacamento militar na região do Sahel, no norte de Burkina Fasso, matou 42 pessoas nesta terça-feira, entre elas 35 civis, a maior parte mulheres.

Como resposta ao atentado, o Exército e a polícia militarizada de Burkina Fasso, com apoio das Forças Aéreas do país, informaram que conseguiram matar 80 terroristas que atuam no extremo norte do país, perto da fronteira com o Mali.

O destacamento militar estava perto de Arbinda, na província de Soum, parte da região administrativa do Sahel. Segundo o Estado-Maior do Exército de Burkina Fasso, além das 35 vítimas civis, sete militares morreram no ataque.

Em comunicado, o órgão informou que os soldados mataram 80 terroristas na operação de resposta ao atentado e apreenderam centenas de motos, armas e munição com os terroristas.

"Esse ataque bárbaro provocou a morte de 35 vítimas civis, a grande maioria delas mulheres", disse o presidente de Burkina Fasso, Roch Kaboré.

Província onde nasceu Ibrahim Dicko, mais conhecido como Malam, criador da organização terrorista Ansarul Islam, Soum tem sido palco de constantes ataques jihadistas nos últimos meses.

Malam morreu em 2016, mas o grupo segue ativo na região.

O primeiro atentado registrado em Burkina Fasso ocorreu em abril de 2015, quando integrantes de um grupo afiliado à Al Qaeda sequestraram um segurança romeno que trabalhava em uma área de exploração mineral no norte do país. A vítima ainda está desaparecida.

Desde então, o número de ataques atribuídos a seguidores da Al Qaeda e do Estado Islâmico no país tem crescido. A região mais afetada pelo clima de insegurança é a do Sahel, que faz fronteira com Mali e Níger.

Burkina Fasso é um dos cinco países que enviaram tropas para integrar uma operação militar conjunta no Sahel, ao lado de Mali, Mauritânia, Níger e Chade. O objetivo é combater o terrorismo jihadista na região. EFE