Suspeito de ataque a judeus em Nova York é indiciado por crime de ódio
A Procuradoria de Nova York incluiu o crime de ódio na acusação contra um homem que feriu cinco pessoas na noite do último sábado com uma arma branca, durante a celebração religiosa do Hanukkah.
Grafton Thomas, de 37 anos, "é acusado de cinco acusações de um crime federal de ódio", confirmou a Procuradoria do Distrito Sul de Nova York, nesta segunda-feira, à Agência Efe.
Especificamente, Thomas recebeu "cinco acusações de obstruir o livre exercício da religião com a intenção de matar", de acordo com o Ministério Público, afirmando que cada uma das acusações tem a pena máxima de prisão perpétua.
No final da noite de sábado, Thomas invadiu a casa de um rabino na cidade de Monsey, no norte do estado de Nova York, onde acontecia um evento religioso por ocasião do feriado do Hanukkah e esfaqueou cinco pessoas, uma delas até seis vezes.
Segundo a acusação à qual a Efe teve acesso, foram encontradas várias notas manuscritas durante a busca em sua casa, nas quais o réu "expressava sentimentos antissemitas" e que continham desenhos do símbolo judeu da Estrela de Davi, bem como o emblema da suástica nazista.
Além disso, indica que o telefone celular de Thomas foi usado para fazer buscas na Internet por templos "judeus alemães" perto de sua localização, de "templos sionistas" na cidade de Elizabeth - no estado de Nova Jersey - assim como por locais de culto judaicos no distrito de Staten Island, em Nova York.
Ele também pesquisou os nomes de "empresas proeminentes fundadas por judeus nos EUA" e inseriu a frase: "Por que Hitler odiava judeus?"
O réu se declarou inocente e o advogado da família disse que Thomas tem "uma longa história de internações e doença mental".
De acordo com as autoridades, desde o último dia 8, aconteceram um total de 13 ataques antissemitas no estado de Nova York, oito deles no bairro nova-iorquino do Brooklyn, onde reside uma grande comunidade judaica.
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