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EUA condenam "negligência" do Irã, afirma fonte do governo americano

AFP
Imagem: AFP

11/01/2020 18h24

Washington, 11 jan (EFE).- Os Estados Unidos condenam a "negligência" e o "erro terrível" do Irã, que reconheceu neste sábado ter derrubado acidentalmente o avião ucraniano que levava 176 pessoas a bordo, e exigem que "comece a se comportar como um país normal".

"Isto é uma tragédia terrível. O Irã cometeu um erro horrível. A negligência do Irã novamente teve consequências devastadoras. É mais importante do que nunca que o Irã desista das ambições negligentes e comece a se comportar como um país normal", disse à Agência Efe um funcionário de alto cargo dos EUA, que pediu anonimato.

Até o momento, esta foi a única reação direta de Washington, onde o presidente dos EUA, Donald Trump, permaneceu em silêncio após o Irã reconhecer o erro.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, falou indiretamente sobre o assunto nas redes sociais, postando um vídeo que parece mostrar os protestos de centenas de iranianos em Teerã neste sábado. Na gravação, os manifestantes gritam contra o governo iraniano e a Guarda Revolucionária.

"A voz do povo iraniano é clara. Eles estão fartos das mentiras do regime, da corrupção, da inaptidão e da brutalidade da Guarda Revolucionária sob a cleptocracia de Ali Khamenei (líder supremo do país). Estamos do lado do povo iraniano, que merece um futuro melhor", escreveu Pompeo.

O assessor de Segurança Nacional de Trump, Robert O'Brien, argumentou em entrevista publicada neste sábado pelo site "Axios" que o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani pelos EUA fez os iranianos "perceberem que não querem um confronto militar com os Estados Unidos".

"Acho que as chances de nos sentarmos com os iranianos e chegarmos a um acordo melhoraram significativamente", disse O'Brien.

Ao admitir que abateu o avião, o Irã atribuiu o acontecimento a um "erro humano" por confundir a aeronave com um míssil de cruzeiro devido à situação de alerta no país gerada após o assassinato de Soleimani. EFE