Unicef e Save the Children lançam alerta sobre situação de crianças na Síria
Em meio a intensificação da ofensiva das forças do regime de Bashar al-Assad iniciada em 1º de dezembro do ano passado, contra bastião opositor em Idlib, no noroeste, mais de meio milhão de menores de idade deixaram os locais onde vivem e se dirigiram para a fronteira com a Turquia.
Além disso, a Save the Children apontou que ao menos sete crianças, incluindo um bebê, morreram por causa das baixas temperaturas e as "péssimas condições de vida" nos campos de deslocados da região, aonde o Exército já vinha atuando contra os rebeldes desde abril passado.
"A medida que mais civis buscam desesperadamente a segurança na fronteira síria com a Turquia, ficamos preocupados, porque a quantidade de mortes aumenta, dadas as condições de vida absolutamente desumanas", afirmou em comunicado diretora da ONG para a Síria, Sonia Klush.
A representante da organização aponta que as crianças sofrem no frio, enquanto não tem teto, estão sem roupas de frio. Além disso, os que conseguem uma barraca, um colchão e um aquecedor correm o risco de morrer por asfixia ou queimadura.
Segundo a Save the Children, apenas nos três primeiros dias de fevereiro, quase 145 mil pessoas deixaram suas casas e mais de 80 mil foram viver ao ar livre, em campos cobertos de neve.
MORTES EM 2020.
A Unicef, por sua vez, divulgou em comunicado que constatou a morte de 28 crianças desde o início de 2020 na Síria, enquanto outras 49 ficaram feridas em consequencia da escalada de violência na região.
De acordo com a organização, os dois últimos hospitais que operam na província de Alepo, região que conta com forte presença de grupos armados de oposição, foram atacados. Tratam-se de uma maternidade e um centro pediátrico.
"A situação no noroeste é insustentável, inclusive para os sombrios níveis da Síria", apontou a diretora-executiva da Unicef, Henrietta Fore, em nota.
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