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Sobe para 10 número de mortos na Itália por novo coronavírus

25/02/2020 21h26

Roma, 25 fev (EFE).- Um total de dez pessoas morreu na Itália por causa do coronavírus, que já infectou 322 pessoas no país, quase 40 a mais do que no último balanço, divulgaram nesta terça-feira as autoridades da Defesa Civil.

O número de mortos passou de sete para dez após o falecimento de dois homens, de 84 e 91 anos, e de uma mulher de 83 anos, segundo o chefe da Defesa Civil, Franco Borrelli. Ele destacou que o vírus ataca principalmente os idosos, em termos de mortalidade.

O balanço de infectados subiu 39 em relação aos dados divulgados às 12h (hora local, 8h de Brasília), chegando agora a 322 casos. A maioria deles (240) foi localizado na região da Lombardia, no norte da Itália, foco principal de Covid-19 no país e onde ocorreu as três últimas mortes.

Também há contaminados nas regiões de Veneto (43), Emilia-Romagna (26), Piemonte (3), Lácio (3), Sicília (3), Toscana (2), Ligúria (1) e Alto Adige (1). Dos infectados, 114 estão hospitalizados com sintomas, 35 permanecem em terapia intensiva, 162 estão isolados em suas próprias casas e um já está curado.

Uma das novidades de hoje, além do primeiro caso na Ligúria, no noroeste italiano, é que o coronavírus, que tinha afetado predominantemente as regiões norte, chegou ao sul, mais concretamente à cidade siciliana de Palermo.

As três pessoas infectadas na Sicília são uma mulher de Bergamo, na Lombardia, que estava viajando e tem boa saúde, embora tenha sentido febre, e dois companheiros que a acompanharam em um grupo turístico.

O conselheiro regional de saúde da Lombardia, Giulio Gallera, confirmou os dados, mas acrescentou que é necessário esperar para saber até que ponto o coronavírus causou as mortes, algo que está sendo estudado pelo Instituto Superior de Saúde. Isso é importante porque as vítimas na Itália eram pessoas idosas com outras doenças.

O presidente da Lombardia, Attilio Fondana, declarou que a população está agindo de forma séria e cívica em resposta às medidas de contenção do vírus, já que dez municípios lombardos com cerca de 50 mil habitantes estão isolados.

Ele pediu para esperar quatro ou cinco dias para entender o efeito dessas medidas, nas quais garantiu ter plena confiança. O governo pediu ao resto do mundo para não restringir a chegada de turistas ou visitantes italianos, depois de alguns países terem cortado o tráfego aéreo com o país.

Para isso, o Ministro da Saúde, Roberto Speranza, se reuniu hoje em Roma com a Comissária Europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, e com ministros dos países vizinhos, Áustria, França, Eslovênia e Suíça, além de Croácia e Alemanha.

Speranza lhes disse que fechar as fronteiras seria uma medida desproporcional e errada e ouviu dos colegas que eles mantêm a confiança na Itália.

"Os italianos podem continuar viajando. O nosso serviço de saúde, os nossos médicos e cientistas são considerados como sendo do mais alto nível na Europa. Temos a confiança de todos", destacou o ministro em uma entrevista coletiva, juntamente com o responsável pela pasta de Relações Exteriores, Luigi Di Maio.