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República Dominicana impede desembarque de navio por suspeita de coronavírus

27/02/2020 20h17

Santo Domingo, 27 fev (EFE).- As autoridades portuárias da República Dominicana impediram nesta quinta-feira o desembarque dos passageiros de um cruzeiro de turismo após oito pessoas a bordo apresentarem sintomas similares aos causados pelo coronavírus SARS-CoV-2, inicialmente registrado na cidade chinesa de Wuhan.

O navio de cruzeiro, com bandeira de Bahamas e operado pela companhia Fred Olsen, chegou nesta quinta-feira ao porto de La Romana (leste) com oito passageiros sob observação médica apresentando sintomas de febre, tosse e dificuldades respiratórias, de acordo com uma declaração conjunta do Ministério da Saúde e da Autoridade Portuária.

Os doentes são quatro filipinos, dois britânicos e dois americanos, de acordo com a nota, que dizia que havia 1.512 pessoas a bordo, incluindo 384 membros da tripulação.

Conforme o protocolo de alerta para coronavírus, uma comissão médica inspecionou a embarcação após saber que oito pacientes estavam sob observação.

No final da inspeção, os médicos recomendaram às autoridades que não permitissem o desembarque de passageiros do navio, nem a permanência no porto de La Romana, nem o atracamento previsto para a sexta-feira no porto de Santo Domingo. O capitão do navio foi ordenado a zarpar de La Romana e continuar o percurso fora das águas territoriais dominicanas.

O ministro da Saúde Pública dominicano, Rafael Sánchez Cárdenas, revelou na segunda-feira passada que as autoridades estão monitorando cerca de 27 pessoas devido a um possível contágio.

Na quarta-feira, o presidente Danilo Medina declarou emergência para a compra e contratação de bens e serviços "indispensáveis" para a execução das iniciativas de preparação, prevenção e resposta à "potencial entrada no país" de pessoas afetadas pelo coronavírus.