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Alemanha prevê 10 milhões de infecções caso medidas não sejam implementadas

18/03/2020 14h17

Berlim, 18 mar (EFE).- O Instituto Robert Koch (RKI, sigla em inglês) de Virologia, o principal centro de epidemiologia na Alemanha alertou nesta quarta-feira que, se as medidas adotadas pelo governo e pelos poderes regionais contra o novo coronavírus não forem implementadas, em dois ou três meses poderá haver 10 milhões infectados no país.

"É essencial que nossas recomendações e medidas do governo sejam implementadas em todos os níveis, incluindo o comportamento do setor privado", disse o presidente do RKI, Lothar Wieler, durante entrevista coletiva.

Nas últimas 24 horas, o número de infecções verificadas aumentou para 8.198, ou seja, 1.042 a mais que no dia anterior. O número de mortes, de acordo com os dados oficiais mais recentes, permanece em 12, um número relativamente baixo, mas que o RKI diz ser "provável que aumente" nas próximas semanas e meses.

Wieler se recusou a especificar essas previsões a médio prazo em números, mas insistiu nas consequências de ignorar as recomendações e medidas emitidas. "A pandemia nos acompanhará, provavelmente por dois anos. Não continuamente, mas em ondas, e as infecções continuarão", enfatizou.

Até agora, o governo de Angela Merkel e os responsáveis pelas autoridades regionais concordaram em fechar parcialmente a vida pública alemã, embora lojas de alimentos, farmácias, bancos e outros estabelecimentos considerados essenciais ainda estejam abertos.

A nível nacional, o governo de Merkel ditou o reintrodução dos controles nas fronteiras com Luxemburgo, Dinamarca, França, Suíça e Polônia, embora permita a passagem de mercadorias e cidadãos que se desloquem por motivos de trabalho.

O RKI ontem elevou o risco de contágio para "alto". EFE

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