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Reino Unido registra recorde com 563 mortes por coronavírus em um dia

Equipe médica no hospital St. Thomas, em Londres, com equipamentos de proteção contra coronavírus - HANNAH MCKAY
Equipe médica no hospital St. Thomas, em Londres, com equipamentos de proteção contra coronavírus Imagem: HANNAH MCKAY

01/04/2020 20h32

O Reino Unido registrou 563 mortes por conta da Covid-19 nas últimas 24 horas, o recorde diário do país até agora, atingindo um total de 2.352 óbitos pela doença, de acordo com dados publicados nesta quarta-feira pelo Departamento de Saúde britânico.

O número de infectados subiu para 29.474, com 4.324 casos registrados no último balanço, enquanto aumenta a pressão sobre o governo para aumentar o número de testes diários.

No Reino Unido já foram realizados 152.979 testes desde o início da crise sanitária. Nesta semana, foram cerca de 8 mil por dia, mas o governo anunciou na semana passada que estava pronto para fazer 10 mil exames diários.

Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quarta-feira que cerca de 2.000 profissionais do serviço público de saúde foram submetidos a exames de COVID-19. Calcula-se que 500 mil estejam trabalhando na linha de frente nos hospitais britânicos.

De acordo com o governo, há uma escassez de certos produtos químicos e equipamentos médicos para testes adicionais, mas as autoridades já trabalham para aumentar os recursos disponíveis.

Johnson permanece isolado na residência oficial de Downing Street desde o dia 27 de março, quando anunciou que tinha testado positivo para a doença.

O primeiro-ministro participou nesta manhã de uma videoconferência com membros do gabinete para abordar a crise de saúde e continua a apresentar "sintomas leves", segundo o porta-voz.

Uma das assessoras médicas do governo, Jenny Harries, disse na segunda-feira que o número de mortes por coronavírus no Reino Unido "vai piorar na semana que vem ou nas próximas duas".

Mesmo assim, o diretor médico do sistema público de saúde da Inglaterra (NHS England), Stephen Powis, disse na terça-feira que vê alguns "surtos verdes" nas curvas de infecção que podem indicar "alguma estagnação" no avanço dos contágios.