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Alemanha supera 6 mil contágios em um dia e sistema de saúde entra em alerta

02/04/2020 19h54

Berlim, 2 abr (EFE).- O Instituto Robert Koch, que contabiliza os dados de 13 dos 16 estados da Alemanha, anunciou nesta quinta-feira que, pela primeira vez, foi superada a marca de 6 mil casos de infecção pelo novo coronavírus em um mesmo dia, o que vem gerando temor sobre o comportamento do sistema público do país.

De acordo com o órgão do governo, foram 6.156 novos infectados, elevando o total para 73.522. Além disso, foram 140 óbitos a mais nas 24 horas posteriores ao boletim divulgado ontem, o que faz com que a quantidade de mortes seja de 872.

Já segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que tem um método mais dinâmico, são 77.981 contágios e 931 mortos.

Hoje, o Instituto Robert Koch ainda anunciou que 19.175 já receberam alta desde o início da propagação do novo coronavírus na Alemanha.

Ontem, o governo liderado pela chanceler Angela Merkel e os líderes dos estados entraram em acordo pela manutenção do confinamento parcial da população até 19 de abril, data que coincide com o fim do feriado da Semana Santa, que marca a conclusão de período de férias em quase todo o país.

DESAFIO NA SAÚDE.

A Alemanha, com 82 milhões de habitantes, é a quinta nação com mais casos de infecção pelo novo coronavírus no mundo, atrás de Estados Unidos, Itália, Espanha e China, onde a pandemia teve início, segundo o levantamento da Universidade Johns Hopkins.

O país é considerado um dos mais equipados para uma situação como a atual, pois já tinha, antes do início da pandemia, 28 mil leitos de UIT, que foram ampliados para 40 mil.

Em Berlim, por exemplo, ainda está sendo um hospital de campanha no centro de convenções da cidade, com mil leitos.

Por outro lado, importantes estados do sul alemão, como a Baviera e Baden Württemberg, começam a apresentar sinais de saturação do sistema público de saúde.

O hospital Helios Klinikum, em Munique, por exemplo, suspendeu as atividades por causa do elevado número de pacientes e funcionários infectados. Novas internações não são aceitas, até que seja possível dar alta a parte dos que deram entrada.