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Chile registra mais 2 mortes por Covid-19 e redução de contágios em Santiago

02/04/2020 19h50

Santiago (Chile), 2 abr (EFE).- As autoridades de saúde do Chile relataram mais duas mortes por Covid-19 nesta quinta-feira, elevando o número total para 18, e registraram uma queda nas novas infecções confirmadas na capital, Santiago, um dos principais focos do vírus no país e onde a metade da população está em quarentena obrigatória.

Nas últimas 24 horas, o número total de pessoas infectadas subiu para 3.404, depois que foram registrados 373 novos casos, e a quantidade de pacientes admitidos em terapia intensiva chegou a 200, explicou o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich, em entrevista coletiva diária.

"A capacidade atual de respiradores mecânicos públicos e privados é de 1.229, dos quais 220 não estão sendo usados e estão prontos para serem utilizados em caso de necessidade", comentou.

O ministro disse ainda que Santiago "tem uma certa tendência de queda em novos casos, o que é uma boa notícia", mas expressou preocupação com o aumento "significativo" na província de Ñuble, 400 quilômetros ao sul da capital.

As duas pessoas que morreram são dois adultos idosos com doenças crônicas, um na capital e outro na região de Araucânia, no centro do país e outro dos novos focos da doença.

"O Chile é o país que está fazendo mais testes na América Latina por milhão de habitantes", detalhou o ministro, que anunciou uma quarentena obrigatória em todos os asilos de idosos.

O país está em estado de emergência devido ao estado de exceção, com toque de recolher obrigatório das 22h às 5h do dia seguinte, aulas suspensas até maio e com fronteiras, centros comerciais, cinemas, restaurantes e lojas não essenciais fechadas.

Especialistas esperam que o pico da infecção ocorra entre o final de abril e o início de maio, o que forçou o adiamento do histórico plebiscito constitucional que estava programado para 26 de abril e visava acalmar os graves protestos contra a desigualdade social.

Até agora, o governo chileno não decretou a quarentena obrigatória em todo o território, como fizeram outros países vizinhos com menos casos, como Argentina, Bolívia, Colômbia e Peru. A estratégia do governo envolve uma "quarentena progressiva".