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Portugal tem aumento no número de mortes diárias causadas pela covid-19

Mulher usa máscara para se proteger do coronavírus em Portugal - Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Mulher usa máscara para se proteger do coronavírus em Portugal Imagem: Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

em Lisboa (Portugal)

03/04/2020 16h39

Portugal registrou hoje um total de 246 mortes em decorrência da covid-19, com novos 37 óbitos em apenas 24 horas. Este é o pior número diário do país desde que os casos começaram a ser notificados, e os infectados estão agora perto de 10 mil.

Segundo o último balanço oficial da Direção Geral de Saúde (DGS), as mortes aumentaram 17% em relação a ontem e as infecções, totalizando 9.886, subiram 9,4%.

O relatório também aponta que 1.058 pessoas permanecem internadas, das quais 245 estão em Unidades de Terapia Intensiva, cinco a mais que ontem.

"Estamos no mês mais crítico dessa pandemia", disse o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, insistindo em pedir aos portugueses um "esforço adicional" a partir de hoje, primeiro dia da extensão do estado de emergência.

"Do outro lado deste túnel de dois ou três meses que todos estamos atravessando, há uma luz. Embora ainda não seja visível, está lá", afirmou o primeiro-ministro português, António Costa, em entrevista à "Rádio Renascença".

Questionado sobre os números de óbitos, Costa admitiu que pode ter havido mais mortes de pessoas com coronavírus, mas que não morreram da doença e, portanto, não entraram nos registros oficiais.

"Será possível que haja pessoas que possam ter morrido de outras causas e que tenham sido infectadas? Sim, é possível. Temos o exemplo da criança que morreu de outra doença e teve covid-19, mas não foi devido à covid-19", afirmou, se referindo ao caso de um adolescente de 13 anos que morreu com o diagnóstico de meningite.

As autoridades repetiram hoje que abril será o pior mês na luta contra o vírus em Portugal e estão se preparando para aumentar o estoque de máscaras cirúrgicas em 24 milhões antes da chegada de maio.

Um reforço conhecido no mesmo dia em que o Colégio de Enfermeiras garante que 300 de seus profissionais estão infectados e que 1.750 estão em "vigilância ativa" por terem tido contato com pacientes com coronavírus.