Chefe da Marinha dos EUA renuncia após crise em gestão de casos de Covid-19
A renúncia vem depois de Modly ter sido duramente criticado por ter viajado na segunda-feira a Guam, território insular americano no Oceano Pacífico, e ter falado com militares que servem no porta-aviões de propulsão nuclear USS Theodore Roosevelt, que era comandado pelo capitão da Marinha Brett Crozier, o qual acusou - na frete dos demais - de ter vazado a denúncia à imprensa.
"O capitão Crozier é inteligente e apaixonado. Acredito, precisamente, porque não é ingênuo nem estúpido, que enviou o alarmante e-mail com a intenção de que chegasse ao domínio público, em uma tentativa de chamar a atenção do público para a situação em sua embarcação", disse Modley em alto-falante.
Crozier foi destituído na quinta-feira passada do comando do navio, atracado em Guam, após ter escrito uma carta na qual advertia que os superiores precisavam agir com rapidez para salvar quem estava no porta-aviões.
O surto do novo coronavírus entre os 4.865 membros da tripulação já causou 170 contágios confirmados de Covid-19, incluindo o próprio Crozier.
Os comentários de Modly, como antes ocorreu com a carta de Crozier, vazaram à imprensa e geraram críticas de congressistas e parentes dos tripulantes, que dias antes se despediram de seu superior como um herói, com demonstrações de carinho e respeito.
Na noite de segunda-feira, Modly teve que publicar um pedido de desculpas a Crozier por tê-lo insultado, por solicitação do secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper.
"Não estamos em guerra. Os tripulantes não devem morrer. Se não agirmos agora, estamos fracassando ao cuidar de nosso ativo mais confiável", escreveu Crozier na carta que acabou sendo vazada ao jornal "The San Francisco Chronicle".
Crozier foi criticado pelo próprio presidente do país, Donald Trump, que considerou inapropriado escrever uma carta e que esta "fosse divulgada por todas as partes" como "uma aula de literatura".
Quase mil integrantes da tripulação do USS Theodore Roosevelt desembarcaram na semana passada na base naval de Guam, e outros 1,5 mil fizeram o mesmo no último fim de semana para iniciar uma quarentena em hotéis da ilha, após testarem negativo no exame para coronavírus.
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