Itália tem mais de 18 mil mortos por coronavírus e prorrogará quarentena
Já são 143.626 casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 desde o dia 20 de fevereiro, quando a pandemia chegou ao país europeu, 4.204 notificados apenas nesta quinta. Até agora, 28.470 pessoas foram curadas.
Quanto aos mortos, chama a atenção o número de médicos vítimas da doença: 105. Foram nove óbitos entre esses profissionais apenas de ontem para hoje, incluindo uma médica de 62 anos de Mira, na província de Veneza, mãe de outro médico.
A parte mais favorável do boletim divulgado nesta quinta pelo chefe da Defesa Civil, Angelo Borrelli, é que 67% dos positivos está em isolamento domiciliar, e o número de pacientes hospitalizados com sintomas e os que estão em cuidados intensivos continua diminuindo.
GOVERNO SE DISPÕE A PROLONGAR QUARENTENA.
Apesar dos aumentos de hoje, os dados parecem manter a tendência de conter a propagação e, sobretudo, permitir que os hospitais sejam um pouco descongestionados. O governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte se prepara para prolongar o confinamento da população e a paralisação das atividades para além da próxima segunda-feira, quando termina o atual decreto.
Com o país já em pleno andamento durante a Semana Santa, o Ministério do Interior anunciou que vai aumentar a fiscalização para evitar que as pessoas tentem viajar para suas segundas casas ou ir para a praia.
Espera-se que o novo decreto esteja pronto amanhã ou no sábado e, além de prorrogar a quarentena por pelo menos mais duas semanas, o Executivo vem considerando a possibilidade de reabrir algumas atividades econômicas.
Tanto Conte quanto o governo da Lombardia, a região mais afetada pela pandemia e um dos motores econômicos do país, estão sob pressão da indústria para permitir a reabertura.
"O governo tem ideias claras: devemos garantir a saúde dos italianos", salientou o Ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia, que hoje se deslocou para Milão, onde concedeu entrevista coletiva ao lado de Borrelli e do prefeito da cidade, Giuseppe Sala.
O premiê admitiu hoje que a Itália pode começar a aliviar gradualmente o bloqueio e permitir que alguns setores voltem à atividade até o final deste mês.
"Se os cientistas confirmarem isso, podemos começar a relaxar algumas medidas já até o final deste mês. Precisamos escolher setores que possam reiniciar suas atividades", disse o primeiro-ministro à emissora britânica "BBC".
Enquanto isso, o Senado aprovou hoje o decreto governamental com 25 bilhões de euros de ajuda para os afetados pela crise sanitária, mas o fez com a rejeição da oposição, que critica certas limitações das medidas. EFE
vh/dr
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