Papa homenageia sacerdotes e profissionais que combatem coronavírus
"Hoje gostaria de expressar minha proximidade a todos os sacerdotes, desde o mais recentemente ordenado ao papa, porque todos somos sacerdotes", começou o pontífice em discurso para os poucos espectadores.
Francisco baseou sua homilia improvisada falando sobre serviço. Falou sobre os sacerdotes que haviam morrido por assistir os doentes com o vírus, que segundo ele foram mais de 60 só na Itália, e depois emendou mencionando médicos e enfermeiros que também se tornaram vítimas da Covid-19. "São os santos da porta do lado", afirmou o líder religioso em várias ocasiões.
Depois disso, o pontífice voltou a falar sobre os membros da igreja e exaltou sacerdotes que, segundo ele, são caluniados e sequer podem sair à rua porque são insultados por escândalos que surgiram na Igreja.
Francisco não citou o termo "pedofilia" em uma semana em que o tema e a relação com sacerdotes católicos estiveram em voga. Na última terça-feira, o Supremo Tribunal da Austrália, última instância da justiça do país, anulou uma sentença de seis anos de prisão imposta ao cardeal George Pell, ex-tesoureiro do Vaticano, por abuso sexual de dois menores de idade nos anos 90.
Além de ter celebrado a missa da Quinta-Feira Santa - que lembra a Última Ceia e inaugura o Tríduo Pascal - praticamente sozinho dentro da Basílica de São Pedro, devido às restrições impostas para impedir a propagação do coronavírus, o papa não realizou o tradicional lava-pés. Em anos anteriores, o rito foi feito em prisões, reformatórios juvenis, com deficientes ou refugiados.
Também não foi possível celebrar a Missa Crismal, na qual os óleos sagrados são abençoados para transmitir os sacramentos, e que ele quer celebrar depois do Domingo de Pentecostes, em 31 de maio. Se não for possível, disse ele, será preciso esperar até 2021.
O papa presidiu a liturgia da Semana Santa no altar da Cátedra, situado na abside da basílica, onde também foram exibidas duas imagens às quais ele pediu o fim da pandemia que assola o mundo inteiro.
Desse modo, o Vaticano entra num Tríduo Pascal mais que incomum. É o período em que os cristãos comemoram a paixão, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré, nesta ocasião sem fiéis ou grandes manifestações por causa da ameaça do coronavírus.
A pandemia atingiu particularmente a Itália, com 18.279 mortes e 143.626 casos de contágio, mas também o Vaticano, onde oito casos foram relatados. O Papa realizou um teste para SARS-CoV-2, que deu negativo. EFE
gsm/dr
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