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Colômbia militariza passagem de fronteira com Brasil para conter coronavírus

13/05/2020 13h59

Bogotá, 12 mai (EFE).- O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta terça-feira que militarizará a travessia da fronteira com o Brasil, localizada em Leticia, no departamento do Amazonas, para conter a emergência do coronavírus na região, onde já há 743 infectados e 26 mortos.

"A decisão foi tomada para militarizar todos os pontos de fronteira com mais presença e exercer o respectivo controle para evitar a chegada de casos importados de população flutuante", declarou Duque durante seu programa diário de televisão.

Colômbia e Brasil dividem uma fronteira de 1.644 quilômetros. Leticia é a única passagem de fronteira para o território brasileiro, ligada a Tabatinga-AM, e também à cidade peruana de Santa Rosa de Yavarí.

Além dos casos no Amazonas colombiano, foram confirmadas hoje as duas primeiras infecções em Vaupés, um departamento que também faz fronteira com o Brasil, embora não tenha passagem oficial devido à floresta densa.

No relatório fornecido ontem pelo governo do departamento do Amazonas, foi reportado 191 novos casos de coronavírus, 85 dos quais correspondem à detentos da prisão de Leticia. Entretanto, um relatório do Instituto Penitenciário Nacional (Inpec) diz que há 89 presos e um funcionário contagiados.

Para tentar deter o avanço do vírus no departamento, ao qual se chega apenas de avião a partir de Bogotá, o ministro da Saúde, Fernando Ruiz, que visitou Leticia em 3 de maio, anunciou que 55 mil máscaras serão entregues e 14 bilhões de pesos colombianos (cerca de R$ 20 milhões) serão destinados ao único hospital regional.

O dinheiro chegará no início de junho com o objetivo de que o centro médico tenha novos recursos e seja capaz de trabalhar, segundo Ruiz. EFE

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