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Casos do novo coronavírus aumentam e Irã teme novo surto da doença

01/06/2020 17h22

Teerã, 1 jun (EFE).- O número de infecções subiu para quase 3 mil novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas no Irã, cujo ministro da Saúde, Said Namaki, alertou nesta segunda-feira que pode haver "um pico perigoso a qualquer momento".

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre ontem e hoje foram registradas 2.979 novas infecções - o número mais alto em dois meses - e 81 mortes por Covid-19.

O saldo total no Irã é de 154.445 infectados com o coronavírus, dos quais 7.878 morreram e 121 mil se recuperaram.

Namaki alertou que a população não está cumprindo os protocolos de saúde e que existem três províncias específicas em que a situação é grave: Sistão-Baluchistão, Hormozgan e Kermanshah.

"Se essa situação continuar, o número de mortos poderá ser novamente de três dígitos. Perderemos um número considerável de nossos entes queridos e a reputação que temos internacionalmente", lamentou.

O ministro da Saúde expressou que uma de suas "maiores preocupações é que a população normalize o coronavírus" e que até funcionários do governo pensem que a pandemia está sob controle.

"Não é assim, o coronavírus não está apenas acabado, mas podemos ter um pico perigoso a qualquer momento", enfatizou.

Said Namaki também criticou que ele esteja sob pressão dos diferentes ministérios para reabrir atividades econômicas, culturais, esportivas e religiosas, respectivamente.

As autoridades iranianas já reabriram todo o comércio e, desde ontem, as mesquitas voltaram a permitir orações diárias e todos os funcionários regressaram aos seus empregos.

Desde que as restrições começaram a ser levantadas há um mês, as infecções tiveram uma trajetória ascendente no país. EFE

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