Juiz determina prisão domiciliar a Abdalá Bucaram, ex-presidente do Equador
Bucaram, de 68 anos, foi detido na manhã de quarta-feira, na própria residência em Guayaquil, durante uma operação ordenada pela Procuradoria-Geral da República nesta cidade e em Quito, durante investigações por suposta corrupção na compra de produtos médicos durante a pandemia de Covid-19.
Na casa do ex-presidente, que governou o Equador por seis meses entre 1996 e 1997, foi encontrada "em seu poder uma arma de fogo sem justificativa de posse", informou o Ministério Público equatoriano nas redes sociais.
Fernando Rosero, advogado de Bucaram, argumentou que a arma era um presente recebido pelo cliente há vários anos.
A operação também inspecionou a residência do governador da província de Guayas, Carlos Luis Morales, por outro suposto caso de tráfico de influência na compra de material médico nos últimos dois meses e meio, embora neste caso a implicação possa corresponder a dois enteados.
No Twitter, o Ministério Público revelou nesta quinta-feira que denunciou Morales e outras sete pessoas por suposto tráfico de influência na aquisição de produtos médicos no governo da província de Guayas, cuja capital é Guayaquil.
Um juiz determinou aos envolvidos "a proibição de sair do país, a apresentação periódica e uso de dispositivo de vigilância", detalhou o órgão.
A operação realizada na quarta-feira terminou com 17 detidos e 37 inspeções nas duas regiões mencionadas. A procuradora-geral, Diana Salazar, afirmou que os crimes investigados correspondem aos de desvio de recursos públicos, tráfico de influência e crime organizado, em relação aos detidos em Guayas.
De acordo com Salazar, o suposto esquema de crime organizado em Guayas "reúne toda uma estrutura que tem funcionado precisamente na aquisição de material médico".
O ex-presidente e um ex-diretor do Hospital Teodoro Maldonado do Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS) foram detidos neste caso.
Na busca realizada na casa do ex-presidente foram encontradas 5.000 máscaras, 2.000 testes e outros materiais de saúde, que, como explicou Salazar, "coincidem com os encontrados no hospital IESS". EFE
sm/vnm
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