Peru supera marca de 5 mil mortos por Covid-19 e atua no preço do oxigênio
A medida de emergência veio após longas filas de familiares de pacientes infectados pelo vírus SARS-CoV-2 com cilindros de oxigênio nas costas nesta semana, em uma busca desesperada para recarregá-los em estabelecimentos que lhes cobravam sobretaxas consideráveis.
O preço dos cilindros de oxigênio de 10 metros cúbicos, que duram cerca de 24 horas, chegou a 6 mil sóis (R$ 9 mil) e os de 500 sóis (R$ 750), a uma taxa de 50 sóis (R$ 75) por metro cúbico, quando seu valor normal é de cerca de 15 sóis (R$ 22,5).
COMPRA URGENTE DE OXIGÊNIO.
O decreto que declara o oxigênio como bem estratégico nacional contempla a compra de 84 milhões de sóis (R$ 126 milhões) para atender à alta demanda, que subiu em 40% durante a emergência sanitária, como reconheceu na semana passada o primeiro-ministro peruano, Vicente Zeballos.
Além disso, serão destinados 11 milhões de sóis (R$ 16,5 milhões) também serão destinados às redes de distribuição para facilitar o acesso ao material para os pacientes de Covid-19 nos hospitais.
O governo peruano também comprará 1,2 mil concentradores de oxigênio como parte de uma alocação de 88 milhões de sóis (R$ 132 milhões) para atender à população indígena. "Os povos indígenas não receberam a atenção que deveriam ter", reconheceu o presidente do país vizinho, Martín Vizcarra.
O decreto também dará prioridade à produção de oxigênio medicinal sobre o industrial, em linha com as medidas já tomadas no mês passado pelo Poder Executivo para reconverter algumas fábricas durante essa emergência e, assim, garantir o abastecimento dos hospitais.
MAIS DE 5 MIL MORTOS.
O último boletim do Ministério da Saúde sobre o estado da pandemia revelou que o Peru superou as 5 mil mortes nesta quinta-feira, depois de atingir novamente a marca de 100 por dia, com 137 mortes nas últimas 24 horas. No total, há 5.031 óbitos com o coronavírus como causa comprovada.
Os casos acumulados subiram para 183.198 infectados, o que significa 4.284 novos contágios nas últimas 24 horas. Dos 20.216 testes realizados na quarta-feira, 21% foram positivos.
Com a fase 2 da saída gradual da quarentena, o governo espera que sua economia passe de funcionar em 50% para mais de 80%, o que inclui especialmente cerca de 780 mil empresas classificadas como micro, pequenas e médias, e, assim, recuperar cerca de 500 mil empregos. EFE
fgg/dr
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