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Solidez macroeconômica do Paraguai ajuda a superar pandemia, diz presidente

11.jun.2018 - Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez - Pedro Ladeira/Folhapress
11.jun.2018 - Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

De Assunção

01/07/2020 23h40

O Paraguai está na melhor posição possível para superar o impacto econômico da pandemia de covid-19 devido à solidez macroeconômica, afirmou nesta quarta-feira o presidente do país, Mario Abdo Benítez, no segundo discurso anual ao Congresso.

Durante o pronunciamento virtual, feito da sede do Banco Central, o mandatário destacou que o país estava saindo de uma crise no segundo semestre de 2019 com ótimas perspectivas até o começo de março, quando a pandemia foi declarada.

"Há indicadores positivos que mostram que podemos avançar e nos recuperar, antes mesmo do que vários países da região", comentou o presidente.

De acordo com Abdo Benítez, "antes da pandemia, a produção mantinha um crescimento interanual de 7,1% e, as vendas de 9,6% anual". O mandatário ressaltou que a infraestrutura foi "motor e um dos principais pilares para a recuperação do segundo semestre de 2019 o início de 2020".

Esses indicadores e a disponibilização de bônus no mercado permitiram que o país se antecipasse em relação a entidades financeiras e conseguisse recursos para enfrentar uma nova conjuntura sanitária e econômica desfavorável, argumentou Abdo Benítez.

No início da quarentena, o governo contou com o apoio do Congresso, dominado pelo governista Partido Colorado, para uma linha de crédito de US$ 1,6 bilhões ainda na etapa de execução para a saúde pública e enfrentar a queda da economia.

Na segunda-feira passada, foi apresentado de US$ 2,5 bilhões para a reativação de obras de infraestrutura, casas populares, créditos de desenvolvimento, assistência a setores vulneráveis, apoio ao comércio na fronteira e retomada do emprego em um país de alta informalidade no trabalho.

A visão do presidente contrasta com a de alguns analistas econômicos que acreditam que a quarentena, de consequências ainda imprevisíveis, levará ao fechamento de empresas, à diminuição do emprego e do consumo, e que o país demorará décadas para se recuperar.

No âmbito da saúde, Abdo Benitez destacou que o país foi o primeiro da região a adotar o confinamento, a suspender as aulas em todos os níveis, a fechar fronteiras e a suspender voos comerciais logo após receber a notícia dos dois primeiros contágios, em 10 de março.

"Com estas medidas imediatas, o Paraguai conseguiu achatar a curva e se posicionou entre os países com menor quantidade de casos positivos (pouco mais de 2 mil) e de mortes (18) por covid-19 na região, analisou o mandatário, ao reconhecer que a precariedade do sistema público de saúde continua sendo um assunto pendente.