Emenda de Putin para se manter no poder tem aprovação após 53,7% da apuração
Em contraste com o majoritário "sim" da Comissão Eleitoral Central (CEC), 22,7% dos eleitores rejeitaram a reforma constitucional, em pleito que teve participação de 64,9% pessoas aptas a votar.
A maioria dos russos que participaram do referendo escolheu exercer seu direito de voto dentro de seis dias a partir da data principal do plebiscito.
As autoridades conceberam o mecanismo pela primeira vez com o pretexto de evitar multidões em meio à pandemia da Covid-19, o que a oposição acredita ser propícia à fraude e à manipulação dos resultados.
A presidente da CEC, Ella Pamfílova, declarou em entrevista coletiva que não houve relatos de ocorrências graves durante o plebiscito e disse ter tomado ciência apenas de quatro casos em que o resultado da votação poderia ser questionado devido a possíveis violações no processo eleitoral.
Além de pavimentar o caminho para a possível permanência de Putin no poder além de 2024, a nova redação da Constituição russa inclui uma série de emendas - 206 no total - sobre mudanças na vida política e social do país.
Entre as emendas à Carta Magna estão a indexação anual da previdência russa, a inclusão da crença em Deus em uma tradição russa, o casamento como união de um homem e uma mulher, assim como a proibição de ceder território a outros países ou a prevalência da Lei Básica nacional sobre a lei internacional.
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