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Acusado de atropelar policiais é o 1º réu sob a lei de segurança de Hong Kong

03/07/2020 15h37

Hong Kong, 3 jul (EFE).- Um motociclista que atropelou um grupo de policiais enquanto carregava uma bandeira de independência de Hong Kong, tornou-se nesta sexta-feira na primeira pessoa formalmente acusada nos termos da nova lei de segurança nacional aprovada recentemente pela China.

Ele enfrenta acusações de terrorismo e subversão do poder do Estado (um crime comumente usado na China contra ativistas e dissidentes), dois dos quatro crimes tipificados na nova lei, confirmaram fontes policiais à Agência Efe.

O homem de 24 anos estava dirigindo sua motocicleta por uma rua estreita quando um grupo de policiais entrou na estrada e ele acabou atropelando três deles antes de cair no chão, de acordo com um vídeo publicado pela imprensa oficial chinesa.

No entanto, como ele ainda está hospitalizado, ele não pôde comparecer perante o juiz - um dos seis nomeados nesta manhã para casos de segurança nacional em Hong Kong -, então a audiência seguinte foi marcada para a próxima segunda-feira.

Outro homem, também de 24 anos, comparecerá ao tribunal hoje após ser acusado de causar ferimentos de forma proposital - um crime punido em Hong Kong com sentenças máximas de prisão perpétua - por ter esfaqueado um policial durante o protesto contra a lei de segurança na última quarta-feira.

Este manifestante foi detido a bordo de um avião que estava prestes a decolar para o Reino Unido.

Por enquanto, a polícia não quis revelar se ele será acusado de outros crimes contemplados na nova lei de segurança nacional.

Segundo fontes da polícia consultadas pela Efe, dez pessoas foram presas na quarta-feira sob esta norma por suposta subversão do poder do Estado; Oito deles foram libertados sob fiança e terão que comparecer perante os agentes na segunda metade deste mês, enquanto os outros dois permanecem presos e estão sob investigação.