Flórida começa semana com mais de 12 mil novos casos de Covid-19
De acordo com os números divulgados pelo Departamento de Saúde estadual, desde 1º de março até hoje foram reportados 282.435 casos e 4.277 mortes, contando somente as pessoas que residem no estado.
"Miami é agora o epicentro do vírus. O que vimos em Wuhan (China), estamos vendo aqui agora", disse a especialista em doenças contagiosas Lilian M. Abbo, do Sistema de Saúde da Universidade de Miami, em videoconferência nesta segunda-feira com Carlos Gimenez, governante do condado de Miami-Dade.
Neste condado, no sul da Flórida, foram registrados 3.269 novos casos e quatro mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o que significa que, desde 1º de março, 67.713 pessoas foram infectadas e 1.143 morreram em Miami-Dade, onde residem 2,8 milhões de pessoas.
A lista continua com Broward (31.484 infecções e 464 mortes) e Palm Beach (21.806 casos e 611 óbitos), no sudeste da Flórida. Os novos casos nestes dois condados foram 1.459 e 788, respectivamente, muito abaixo dos de Miami-Dade, que no domingo registaram um recorde de mais de 3.500 novos casos em um único dia.
Giménez falou nesta segunda-feira sobre a gravidade da situação, mas não anunciou novas medidas para conter o vírus, embora tenha cobrado responsabilidade da população e ressaltado a necessidade de mudar os hábitos.
Mais cedo, o prefeito da cidade de Miami, Francis Suárez, disse no programa de televisão "Good Morning America" que não descarta a possibilidade de emitir novamente "a ordem para ficar em casa" para impedir a propagação do novo coronavírus.
Suárez, que ficou doente de Covid-19 e foi colocado em quarentena no início da pandemia na Flórida, disse que os hospitais da cidade "estão sentindo a pressão" e que há "muito pouca capacidade nas unidades de terapia intensiva".
"É possível aumentar essa capacidade, mas é uma preocupação real. Acabamos de passar a marca do maior número de respiradores na história deste vírus, e isso também é preocupante porque é um indicador de que a taxa de mortalidade também pode estar aumentando", acrescentou.
De acordo com Suárez, sem dúvidas, o número de mortes irá "aumentar ligeiramente após a próxima semana ou a outra".
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