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Ministro da Saúde colombiano prevê forte impacto da pandemia até o fim do ano

15/07/2020 16h30

Jaime Ortega Carrascal.

Bogotá, 15 jul (EFE).- O ministro da Saúde da Colômbia, Fernando Ruiz Gómez, fez uma previsão pouco otimista sobre a situação do país na pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, e admitiu que uma melhora só deve ser vista no início de 2021.

"Os modelos nos indicam que, provavelmente, até o fim de novembro e princípio de dezembro, estaremos afetados de uma maneira, relativamente, importante. Minha aspiração é que, em janeiro e fevereiro, já tenhamos passado pelo pior", disse o integrante do governo, em entrevista à Agência Efe.

Desde 6 de março, quando foi confirmado a primeira infecção pelo novo coronavírus, foram registrados 159.898 casos. Além disso, 5.625 pessoas morreram em decorrência da Covid-19.

De acordo com Ruiz Gómez, os números são um retrato da estratégia para conter o avanço da propagação do patógeno e reduzir o máximo possível o número de mortes.

"Nosso objetivo, como país, é reduzir a mortalidade, por isso, tomamos decisões, inclusive controversas, como isolamento das pessoas com mais de 70 anos. Isso foi uma aposta para não termos uma mortalidade tão alta, e até agora, fomos bem-sucedidos", disse o ministro, que é médico formado a Universidad Javeriana.

Ruiz Gómez explicou que as medidas tomadas pelo governo para conter o novo coronavírus e até mesmo o relaxamento progressivo, foram feitas com cautela, mas admitiu que isso pode provocar um prolongamento no contágio.

"Outros países optaram por sair rapidamente, com consequências em mortalidade muito grandes. Eu entendo uns poucos as decisões de política e as prioridades de cada país. Nós tomamos essa, que faz com que, certamente, cheguemos com um impacto grande no fim do ano", previu.

O ministro que é mestre em Saúde Pública e Saúde Ocupacional pela Harvard School of Public Health e doutor em Saúde Pública pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, do México, assumiu a titularidade da pasta em 3 de março, quando a pandemia ainda era apenas uma sombra na Colômbia.

Uma das primeiras medidas de Ruiz Gómez foi decretar o isolamento social para a população. Além disso, afirmou que outra decisão fundamental foi preparar adequadamente o sistema de atendimento no país, o que, se não fosse feito, teria levado a 1,2 milhões de casos após um pico em maio, segundo cálculos do governo. EFE

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