Secretária que acusou prefeito de Seul rejeita investigação feita por governo
"Acreditamos que uma entidade pública externa deveria investigar o caso, não o governo de Seul", explicou Lee Mi-kyoung, diretora da organização, durante entrevista coletiva.
A representante do Centro de Apoio e a advogada da vítima, Kim Jae-ryun, anunciaram que na próxima semana apresentarão um requerimento formal à Comissão Nacional de Direitos Humanos.
A acusação garante que os atos do prefeito de Seul se tratam de "crime organizado amparado pelo poder".
"Segundo a vítima, ela pediu ajuda para 17 pessoas, enquanto trabalhava como secretária, e a outras três quando mudou de posto", garantiu a advogada da vítima, cuja identidade segue anônima.
De acordo com a advogada, a cliente garante que, enquanto era assistente de Park, foi alvo de toques e de mensagens inapropriadas, situação que durou anos. O assédio persistiu, inclusive, quando ela mudou de função na prefeitura.
"Entre essas pessoas (a quem a vítima pediu ajuda), estão aquelas que ocupam cargos superiores e no Recursos Humanos, que deveriam ter notificado pessoas em postos de comando", garantiu Kim Jae-ryun.
O corpo do prefeito de Seul foi encontrado em 10 de julho, e as informações preliminares apontam para suicídio, já que as denúncias foram reveladas um dia antes.
A polícia encerrou o caso apresentado pela vítima, já que, de acordo com as leis sul-coreanas, quando um suspeito morre, as investigações são concluídas.
A ex-secretária e as associações de defesa da mulher, no entanto, cobraram a retomada dos trabalhos, o que fez o governo de Seul criar um comitê para investigar o caso.
A prefeitura da capital, após a entrevista coletiva com as representantes da vítima, lamentou a decisão e garantiu que deseja "cooperar ativamente" com o esclarecimento do caso, se for assumido pela Comissão Nacional de Direitos Humanos.
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