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Ex-presidente colombiano testa positivo para Covid-19, diz partido

06/08/2020 04h26

Bogotá, 5 ago (EFE).- Ex-presidente da Colômbia entre 2002 e 2010, Álvaro Uribe testou positivo para Covid-19 poucas horas depois de a Suprema Corte ordenar prisão domiciliar para ele por suposta fraude processual e suborno de testemunhas, informaram fontes do partido Centro Democrático à Agência Efe.

Uma missão médica visitou o ex-presidente de manhã na fazenda El Ubérrimo, no departamento (estado) de Córdoba, onde ele está durante a quarentena decretada pelo governo devido à pandemia do novo coronavírus e presumivelmente permanecerá para cumprir a prisão domiciliar.

Ainda não está claro se os profissionais que o visitaram o submeteram ao teste para Covid-19 ou lhe informaram o resultado de um exame anterior.

De acordo com a imprensa colombiana, o ex-mandatário, de 68 anos, sentiu apenas desconforto na garganta e nenhum sintoma grave.

A fazenda fica na cidade de Montería, capital de Córdoba, uma das regiões mais duramente atingidas pela pandemia nas últimas semanas.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde (INS), em Montería há 4.688 casos de coronavírus e 431 mortes, um dos maiores índices de letalidade do país, 9,19%.

Em toda a Colômbia foram registrados 334.979 casos e 11.315 mortes desde o início da pandemia, uma letalidade de 3,38 %.

Em 6 de abril, Uribe disse que foi testado para Covid-19 e que o resultado deu negativo.

Ontem, a Suprema Corte colombiana ordenou que o ex-presidente fosse colocado em prisão domiciliar, considerando que existe o risco de ele obstruir a Justiça em um caso no qual é acusado de suposta fraude processual e suborno de testemunhas.

O processo contra Uribe começou em 2012, quando ele processou, por suposta manipulação de depoimentos de testemunhas, o senador Iván Cepeda, do partido de esquerda Polo Democrático Alternativo (PDA).

Na época, Cepeda estava preparando uma denúncia no Congresso contra Uribe por supostas ligações com paramilitares.

A ação movida por Uribe contra Cepeda sofreu uma reviravolta quando o juiz José Luis Barceló, da Suprema Corte e responsável por analisar o caso, não só o encerrou como decidiu abrir uma investigação contra o ex-presidente também por suposta manipulação de depoimentos. EFE

jga/id