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Número de mortos em Beirute por causa de explosão chega a 154

07/08/2020 14h06

Beirute, 7 ago (EFE).- O ministro da Saúde do Líbano, Hamad Hasan informou nesta sexta-feira que o número de mortos em decorrência da explosão que aconteceu no porto de Beirute três dias atrás chegou a 154, e que 120 pessoas estão hospitalizadas em estado crítico.

O integrante do governo do país atualizou os dados sobre a tragédia ao receber uma delegação de médicos da Argélia, que irão atuar nas buscas por desaparecidos e corpos.

De acordo com Hasan, de acordo com as informações coletadas desde terça-feira, 20% dos 5 mil feridos pela explosão, precisaram ser hospitalizados. Desse montante, 120 pessoas estão em estado de saúde considerado crítico.

O ministro relatou que pequenos estilhaços de vidro chegaram a ser lançados a quilômetros de distância, provocando ferimentos que obrigaram a realização de cirurgias minuciosas.

Esse é o dado de feridos mais específico que o governo libanês divulgou desde o momento da explosão registrada no porto de Beirute. Por outro lado, segue não havendo um número consolidado de desaparecidos.

Fontes do governo de Beirute estimavam dois dias atrás que cerca de 100 pessoas ainda precisavam ser localizadas. Os trabalhos de resgate, dessa forma, seguem acontecendo nos arredores da região portuária.

Até o momento, os cálculos são de que mais de 200 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. Além disso, os prejuízos materiais podem chegar a US$ 3,5 milhões (R$ 18,7 milhões), o que colocaram a capital em estado de emergência.

16 PRESOS.

Até o momento, 16 pessoas seguem em regime de prisão preventiva domiciliar, entre elas, o diretor do porto de Beirute, Hasan Koraytem, como parte das investigações sobre a explosão de cerca de 3 mil toneladas de nitrato de amônio nas instalações.

Uma fonte das forças armadas libanesas, que pediu para se manter anônima, explicou que há um número maior do que 16 pessoas sendo averiguadas, no procedimento que pretende determinar as causas e responsabilidades pela tragédia.

A determinação da prisão aconteceu após a declaração do estado de emergência em Beirute durante 15 dias, baseada na Lei de Defesa Nacional, que permite que as autoridades militares do país ordenem a decretação de detenções. EFE

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