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Ex-presidente do Equador é preso acusado de envolvimento com crime organizado

12/08/2020 13h29

Quito, 12 ago (EFE).- O ex-presidente do Equador Abdalá Bucaram foi preso durante a madrugada desta quarta-feira, sob a acusação de envolvimento com o crime organizado, segundo anunciou a ministra de governo, María Paula Romo.

"A Polícia do Equador deteve o cidadão Abdalá Bucaram Ortíz e dois agentes de trânsito do município de Quito. Serão postos, de forma imediata, às ordens da Justiça", escreveu a titular da pasta, em postagem no Twitter.

A Promotoria Geral do Estado, o ex-presidente do Equador, entre agosto de 1996 e fevereiro de 1997, é investigado por suposto envolvimento com o crime organizado.

Hoje, foi realizada uma operação com buscas e prisões simultâneas nos estados de Guayas e Pichincha, de acordo com informações divulgadas pela Promotoria Geral.

Além disso, estão entre os alvos das autoridades um dos filhos de Abdalá Bucaram, identificado como Jacobo, e três funcionários da Agência Metropolitana de Trânsito. Contra eles, foi aberta uma investigação em maio passado, por suposta relação com dois israelenses presos na província de Santa Elena.

Um desses cidadãos israelenses acabou sendo assassinado no último sábado, em uma penitenciária de Guayaquil, onde também estava o outro detido em Santa Elena, que também tem passaporte australiano e que ficou ferido na ação.

Ambos eram acusados de envolvimento em uma suposta venda irregular de insumos médicos e indicaram Jacobo Bucaram como cliente.

De acordo com informações preliminares das autoridades locais, o israelense que morreu na prisão recebeu "presumivelmente, golpes com um objeto contundente na cabeça", o que foi a causa do óbito.

Segundo o jornal "El Universo", o homem foi identificado como Shy Dahan, embora conste no processo sobre a venda de insumos médicos como "Sheinman T.".

O advogado do israelense que ficou ferido, Héctor Vanegas, afirmou que, na véspera do assassinato na penitenciária, o cliente colaborou com operação que "esclareceria redes criminosas e de corrupção no Equador".

Por sua vez, no fim de semana, Abdalá Bucaram postou no Twitter um áudio que apontava para supostas tentativas de extorsão por parte de Vanega.