Topo

Esse conteúdo é antigo

Homem é condenado a 2 anos de prisão na China por desrespeitar quarentena

Homem, cujo sobrenome é Guo, esteve em Wuhan e não cumpriu a quarentena determinada ao voltar à sua cidade, Sichuan - ALY SONG/REUTERS
Homem, cujo sobrenome é Guo, esteve em Wuhan e não cumpriu a quarentena determinada ao voltar à sua cidade, Sichuan Imagem: ALY SONG/REUTERS

Da EFE, em Pequim

02/09/2020 14h59

Um tribunal da província de Sichuan, na China, condenou um homem a dois anos de prisão por desrespeitar a quarentena após retornar de Wuhan, cidade origem da pandemia da covid-19, onde ele havia sido infectado com o novo coronavírus.

O Tribunal Distrital de Jingyang, na cidade de Deyang, considerou o homem, de sobrenome Guo, culpado por "obstruir os esforços de prevenção e controle de doenças infecciosas" e o condenou a dois anos de prisão, disse o tribunal em um comunicado emitido nesta quarta-feira.

Guo voltou para sua cidade, Hangxu, vindo de Wuhan, onde trabalhou em 22 de janeiro, apenas um dia antes da cidade começar um rigoroso confinamento que duraria mais de dois meses para impedir a propagação do vírus.

Segundo a Justiça, o homem foi instruído a ficar confinado em casa, conforme exigido pelas medidas de prevenção em vigor na ocasião, mas infringiu a norma e na noite seguinte visitou uma sala de jogos.

No dia 26, "Guo desenvolveu febre e tosse e foi diagnosticado com covid-19", assim como outros moradores que passaram a noite com ele.

"No final, duas aldeias ficaram completamente confinadas", segundo o tribunal, que o responsabilizou pela propagação do vírus: "Foi pedido para que ficasse em casa e ele não ficou. Fez com que centenas de pessoas ficassem isoladas", diz o registro do tribunal.

Em fevereiro deste ano, o Ministério Público chinês informou que iria impor "punições mais severas" aos pacientes e portadores da covid-19 "que intencionalmente espalharam o vírus, se recusaram a ficar em quarentena ou usaram transporte público".

"Os pacientes suspeitos serão punidos se espalharem o vírus", disse o órgão, também considerando a "violência contra trabalhadores comunitários urbanos e rurais organizados pelo governo para atuar na prevenção e controle da epidemia" um crime.

De acordo com os últimos números divulgados hoje, a China registrou até o 85.066 casos e 4.634 mortes por covid-19.