Presidente do Líbano demonstra irritação após incêndio no porto de Beirute
O presidente do Líbano, Michel Aoun, não escondeu hoje o descontentamento com o incêndio ocorrido no porto de Beirute, pouco mais de um mês após grande explosão no local, e admitiu até a possibilidade de uma sabotagem no incidente desta quinta-feira.
"Já não é aceitável que ocorram erros, sejam quais forem, que levem a incêndios desse tipo, sobretudo depois de uma catástrofe que provocou o primeiro incêndio", garantiu o chefe de Estado, em mensagem publicada no Twitter, pouco antes de reunião do Conselho Supremo de Defesa.
Este é o segundo incêndio registrado no porto em dois dias. Na terça-feira, os bombeiros apagaram um fogo originado entre os escombros da explosão do dia 4 e agosto, que estavam misturados com lixo, madeira e pneus, com base em um comunicado do Exército.
Embora esteja controlado, segundo informou o ministro interino de Obras Públicas do Líbano, Michel Najjar, ainda havia chamas ativas.
"O incêndio de hoje pode ser um ato de sabotagem deliberada, resultado de uma falha técnica, ignorância ou negligência. Em todo caso, é preciso conhecer as causas o mais rápido possível. E que os responsáveis prestem contas", disse Aoun.
Além disso, o presidente garantiu que a ação das autoridades deve ser para estudar medidas efetivas para garantir que incidentes como o de hoje não se repitam.
Segundo informações preliminares, um trabalhador que realizava reparos com uma ferramenta elétrica "provocou uma faísca que originou o fogo", segundo explicou Najjar, em informações veiculadas Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa.
De acordo com o Exército, o novo incêndio se originou em um dos armazéns do mercado livre de impostos no porto de Beirute. O diretor-geral da Defesa Civil, Raymond Khattar, disse à Agência Efe que o fogo "se originou perto do local da explosão, em hangares que já estavam afetados pela explosão" de agosto, em um lugar com pneus.
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