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Ameaçada, diretora da revista "Charlie Hebdo" é obrigada a fugir de casa

22/09/2020 12h19

Paris, 22 set (EFE).- A diretora de recursos humanos da revista francesa "Charlie Hebdo" teve que deixar sua casa na semana passada, devido a ameaças contra ela no processo do ataque jihadista à publicação, em janeiro de 2015, iniciado há três semanas.

Em declarações divulgadas nesta terça-feira pela estação de rádio "France Info", Marika Bret explicou que, diante da gravidade das ameaças - que não foram relatadas em detalhes por motivos de segurança, - os policiais que a protegem anunciaram há oito dias que ela tinha "dez minutos para fazer as malas e sair de casa".

Marika acrescentou que ela foi ficar com amigos que, segundo ela, a viram como uma "refugiada política".

A diretora lembrou que vem recebendo proteção policial há cinco anos e que nestas condições, confia nos seus conselhos e instruções dos agentes.

"Eles me explicaram que provavelmente nunca mais voltarei para minha casa", disse ela.

Marika Bret explicou que decidiu divulgar estes acontecimentos para "mostrar em que clima de ódio nos encontramos e quais as consequências desse clima".

O ataque contra o "Charlie Hebdo", ocorrido em 7 de janeiro de 2015, deixou um total de 17 vítimas.