Evo Morales diz que "possivelmente" voltará à Bolívia em novembro
"Estamos conversando, possivelmente será no dia 9. É questão de tempo, meu grande desejo é voltar à Bolívia", comentou Morales em declarações feitas em um prograa da coalizão de governo argentina Frente de Todos.
Morales foi acusado no país natal de suposto genocídio, terrorismo, insurreição, fraude eleitoral e estupro, entre outras denúncias, muitas delas feitas pelo governo de transição liderado por Jeanine Áñez, considerado uma ditadura pelo ex-presidente.
No entanto, um tribunal boliviano anulou várias partes do processo aberto por supostos crimes, como terrorismo e insurreição, contra Morales, entre elas uma ordem de apreensão e imputação, declarou o advogado do ex-mandatário, Wilfredo Chávez, à Agência Efe na segunda-feira passada.
Morales reside na Argentina desde dezembro do ano passado, após ter saído da Bolívia em meio a acusações de fraude nas eleições de 2019. O retorno deve ocorrer menos de um ano depois, já que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), venceu as novas eleições no primeiro turno.
O ex-governante boliviano disse que entraria no país pela travessia da fronteira terrestre entre a cidade argentina de La Quiaca, na província de Jujuy (norte), e a cidade boliviana de Villazón, no departamento de Potosí.
"Programaremos e nos comunicaremos no devido tempo", comentou Morales, que, da Argentina, liderou a campanha eleitoral do MAS.
Arce venceu com 55,1% dos votos, acima dos 50% mais um necessários para vencer no primeiro turno. Em segundo lugar ficou o ex-presidente Carlos Mesa, com 28,8% dos votos, enquanto o ex-líder cívico Luis Fernando Camacho obteve 14%.
"Estou muito surpreso com a união do meu povo. O povo não abandonou seu processo, não abandonou a revolução democrática popular, e também não me abandonou", disse Morales durante o programa, uma transmissão especial da Frente de Todos por ocasião do décimo aniversário da morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner.
Na entrevista, Morales revelou, em tom de brincadeira, que o atual presidente argentino, Alberto Fernández, se ofereceu para levá-lo à Bolívia.
"Sou grato por outra solidariedade, outro acompanhamento do irmão presidente Alberto Fernández, que, no jantar que tivemos na terça-feira à noite, propôs me levar à Bolívia", declarou.
Morales também pediu para que a esquerda latino-americana permaneça unida e lembrou que "fazem muita falta neste momento" pessoas como "Néstor (Kirchner), Hugo (Chávez), Lula e (Rafael) Correa".
"Não percamos a esperança de que voltaremos a esse tempo juntos", enfatizou. EFE
pro/vnm
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