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Premiê da Itália afirma que medidas rígidas visam evitar novo confinamento

28/10/2020 16h09

Roma, 28 out (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, defendeu nesta quarta-feira as medidas para evitar a propagação do novo coronavírus, como o fechamento de alguns setores da economia, garantindo que o objetivo é que sirvam para evitar um novo confinamento geral no país.

"Essas restrições, que outros parceiros europeus estão adotando, se referem a uma precisa estratégia do governo para gerir a pandemia sem que nos dobre", garantiu o líder do Poder Executivo, em audiência na Câmara dos Deputados.

No último domingo, entrou em vigor decreto assinado por Conte, válido até 24 de novembro, que obrigou o fechamento de cinemas, teatros, academias, piscinas públicas, entre outros estabelecimentos. Além disso, o texto obriga que bares, restaurantes só funcionem até 18h (local).

A Itália vem mantendo o contágio em cerca de 20 mil casos diários. Apesar dos números, as medidas de restrições de atividades geraram protestos, com direito a confrontos entre manifestantes e policiais em Turim e Milão. Conte, garantiu que visa defender a população e também a economia.

"Proteger a saúde pública permite preservar o tecido econômico e produtivo. Reduzir as chances de contágio, neste momento, é o único modo para permitir, por um lado, a manutenção do sistema de saúde nacional e, por outro, evitar um segundo confinamento generalizado", explicou.

O governo da Itália aprovou recentemente um pacote de auxílio no valor de 5,4 bilhões de euros (R$ 36,1 bilhões), que serão obtidos com endividamento. Enquanto isso, a oposição aproveita o descontentamento de empresários e parte da população para tentar minar a aprovação do Executivo.