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Governo da França aciona nível máximo de alerta terrorista após atentado

29/10/2020 13h34

Paris, 29 out (EFE).- O governo da França elevou nesta quinta-feira o nível de alerta terrorista em todo o país, após o atentado ocorrido em uma igreja católica na cidade de Nice, no sul do país, em que três pessoas morreram, segundo anunciou o primeiro-ministro, Jean Castex.

O chefe de governo classificou a ação "imóvel, bárbaro e abjeto" e prometeu uma resposta que prometeu ser "firme, implacável e imediata", diante dos parlamentares da Assembleia Nacional.

Castex ainda revelou que convocou uma reunião extraordinária do Conselho de Defesa do país, que acontecerá já nesta sexta-feira.

O primeiro-ministro explicou que o nível de vigilância terrorista na França foi elevado ao máximo na escala prevista no país para momentos de risco "iminente" ou depois de que aconteça algum ataque, como o de hoje, em Nice.

Esta medida precisa ser limitada em tempo e permite medidas excepcionas de alerta à população.

Até hoje, o território francês estava em nível de "risco de atentado", o segundo mais elevado, que permite o reforço de segurança em lugares sensíveis.

Castex aproveitou a ida ao Parlamento, onde defendeu a ideia de um confinamento da população para conter a pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, para falar sobre a situação. O premiê, que precisou se ausentar da audiência, rendeu homenagem às forças locais de segurança.

O chefe do governo se referiu especialmente à polícia municipal de Nice, primeira a ser acionada e conseguiu conter o autor da ação, que está ferido e hospitalizado.

Segundo o prefeito da cidade, Christian Estrosi, autor da ação gritou, em várias ocasiões, "Alá é grande". A Promotoria Antiterrorismo da França já abriu investigação sobre o caso.

O atentado aconteceu às 9h (5h de Brasília), na Basílica de Nossa Senhora da Assunção, no centro de Nice, quando um indivíduo invadiu o templo e atacou com arma branca duas mulheres e um sacristão, que foram mortos.

Segundo a imprensa local, ambos foram degolados, assim como aconteceu duas semanas atrás com o professor Samuel Paty, em Conflans-Sainte-Honorine, nos arredores de Paris, que exibiu charges do profeta Maomé durante uma aula sobre liberdade de imprensa.