Itália registra quase 27 mil casos de Covid-19 em 24 horas

Roma, 29 out (EFE).- A Itália registrou 26.831 novas infecções por Covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde que coincide com o maior número de testes realizados, além de 217 mortes, segundo o boletim desta quinta-feira do Ministério da Saúde local.

É o maior aumento de infecções, elevando o saldo total de positivos desde o início da crise na Itália para 616.595 pessoas. No entanto, agora também são realizados muitos mais testes diagnósticos do que naquela época.

Já as 217 mortes entre ontem e hoje só não superam as registradas em meados de maio (foram 221 na terça-feira) e supõe-se que o número de vítimas no país estejam agora em 38.122 desde o início da pandemia.

Isto significa que o número de pacientes com Covid-19 continua aumentando e no país existem atualmente quase 300 mil pessoas com o vírus, a grande maioria isolada em suas residências com sintomas leves ou sem sintomas.

Mas a situação do sistema hospitalar preocupa. As pessoas internadas com vários sintomas aumentaram em 1.098 desde ontem, para um total de 17.615, e dessas, 1.651 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

A região mais afetada continua sendo a Lombardia (norte), epicentro desde o início da crise na Itália, com 7.339 novos casos, a maioria deles na capital, Milão, e em Monza.

Em seguida vem a região da Campânia (Nápoles), com 3.103 positivos e Piemonte, com 2.585 casos.

O presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli, conselheiro do Governo nesta crise, defendeu hoje que a preparação do país "não é comparável à de março", pois já sabemos melhor como combater o vírus e, sobretudo, temos mais meios.

Atualmente, a idade média dos pacientes com Covid-19 na Itália é de cerca de 42 anos e ainda há cerca de 5 mil vagas em UTIs. A maioria das pessoas internadas nessas unidades tem mais de 65 anos e sofre de outras doenças.