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Julgamento contra 26 sauditas acusados de matarem Khashoggi é adiado

24/11/2020 17h28

Ancara, 24 nov (EFE).- Um tribunal da Turquia decidiu nesta terça-feira fundir dois casos relacionados ao assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, há dois anos, no consulado da Arábia Saudita em Istambul, totalizando 26 réus, e marcou a próxima audiência para março, quando espera ter mais informações da Interpol.

A decisão foi tomada na segunda sessão do julgamento em Istambul de 20 cidadãos sauditas suspeitos de envolvimento no assassinato de Khashoggi, aos quais se juntaram agora outros seis acusados posteriormente acusados pela promotoria turca.

Durante a sessão desta terça-feira, um político egípcio exilado, Ayman Nour, testemunhou que Khashoggi relatou a ele ter recebido ameaças de uma família saudita após conceder uma entrevista com críticas à monarquia do país.

O jornalista saudita foi morto em 2 de outubro de 2018 por uma equipe de 15 pessoas enviadas de Riad que fizeram o corpo desaparecer.

Um julgamento na Arábia Saudita contra alguns dos envolvidos reconheceu o homicídio, mas não esclareceu de onde veio a ordem e o que aconteceu com o corpo. O julgamento em Istambul ocorre na ausência de todos os acusados. EFE

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