Portugal terá 1º turno de eleições presidenciais em 24 de janeiro
O atual mandatário, filiado ao Partido Independente, de centro-direita, ainda não confirmou se tentará a reeleição, embora apareça como líder nas pesquisas de intenções de voto para renovar o mandato de cinco anos.
A expectativa até o momento é que, além de Rebelo de Sousa, haja outros oito candidatos à presidência. Entre elas, se destaca a socialista Ana Gomes, que integrou o Parlamento Europeu entre 2004 e 2019.
A postulante ao cargo ainda não conta com apoio explícito do partido que integra, algo que não é obrigatório em Portugal, no entanto.
O Partido Socialista está dividido entre Gomes; Eduardo Ferro Rodrigues, atual presidente do Parlamento; e o prefeito de Lisboa, Fernando Medina.
Os dois principais partidos de esquerda, o Bloco e o Comunista, contam com candidaturas próprias, de Marisa Matias e João Ferreira, respectivamente, ambos eurodeputados.
Já outras grandes legendas conversadoras, como o PSD e o CSD, por sua vez, aguardam o posicionamento de Rebelo de Sousa para definir os próximos passos.
A extrema-direita terá como representante André Ventura, único deputado eleito pelo partido Chega nas últimas eleições. O parlamentar já foi acusado, inclusive, de fomentar o racismo.
O Tribunal Constitucional do país terá até 24 de dezembro para verificar se os pré-candidatos têm as garantias necessárias - que são 7.500 assinaturas - e então apresentará a lista final de postulantes, que farão campanha eleitoral entre 10 e 22 de janeiro.
No primeiro turno, se nenhum candidato obter 50% dos votos mais um, acontecerá o segundo, entre os dois mais votados, previsto para 14 de fevereiro.
O processo eleitoral será marcado pela pandemia, o que forçou a definição de novas regras, para que as eleições não resultem em um aumento do contágio. Entre elas, está a votação antecipada dos infectados.
Contudo, se o diagnóstico da Covid-19 chegar até dez dias antes das eleições e for necessário manter uma quarentena durante esse período, seria impossível cumprir os prazos habituais para a coleta de votos.
Isto significa que a pessoa infectada não poderá votar pessoalmente ou com antecedência até dez dias antes de 24 de janeiro.
Segundo cálculos de alguns jornais, se a média semanal atual de novas infecções relatadas for mantida, isso significaria que, pelo menos, 50 mil pessoas não teriam condições de participar do pleito.
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